top of page

Minha posição perante o jornalismo profissional

  • Foto do escritor: Igor Almenara
    Igor Almenara
  • 23 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de nov. de 2020

Diante de uma situação nada admirável, pela primeira vez me manifestei sobre um tópico gravíssimo que observo nos últimos anos: a agressão ao jornalismo profissional.


Por poucos exemplos e menções ao longo da minha curta vida e experiência no mercado de trabalho, compreendi e vislumbrei a importância do jornalismo para com a sociedade. A mídia incorpora elementos de várias outros setores, enquanto se compromete a divulgá-los e viabilizar a tomada de decisões de demais cidadãos, indo desde o comportamento no coletivo, aos hábitos mais particulares.


De forma sucinta — considerando meu leve conhecimento sobre esse papel —, o jornalista deve estar comprometido com a verdade, e essa tarefa exige que ele ultrapasse a barreira de um simples escritor e sintetizador de fatos, para o próprio investigador e articulador de acontecimentos importantes, tornando-o membro atuante em várias situações — ocasionalmente levando-o a cenários trágicos, seja em terras arrasadas por fenômenos climáticos ou zonas de guerra.



Por anos acreditei que esse vigor, apego aos fatos e à transmissão deles fosse como uma das tarefas primordiais do jornalista ou comunicador. Palavras pesam, muito. Por isso, é preciso ser responsável por elas e por onde caminham. Numa era conectada como a atual, essa tarefa se torna ainda mais importante e exponencialmente mais difícil.


O susto do 1° dia

Quando recebi a novidade, mal pude compreender onde estava me metendo. Fui, sim, consequência do sucateamento do setor e visualizo outros desdobramentos diariamente. Entretanto, enquanto não refletia o cenário, ainda tentava digerir o nível no qual minhas palavras foram elevadas, ao passo que me unia a um dos principais veículos de tecnologia do país.


Foi um baque e, quando tomei conhecimento sobre o alcance das minhas palavras breves sobre tópicos do mercado tech, mal pude me conter. É "poder", literalmente, nas mãos do mensageiro, e a mensagem deve ser entregue com exatidão.


A reflexão fez com que eu me sentisse pequeno diante de tanta grandeza. Ser jornalista, editor, redator (e demais tarefas relacionadas) requerem pulso firme, responsabilidade, consciência e honestidade. Não era algo que tinham me avisado anteriormente e, aos meus belos 18 aninhos de idade, não estava (totalmente) pronto para aguentar.



Mas persisti

E ao longo dos meses — agora, dois anos — aceitei a tarefa e a reproduzo diariamente, mesmo que eventualmente insatisfeito por razões não interessantes para o momento. Devo reproduzir conteúdo, imprimir verdade e, mesmo dentro de formatos tão engessados, expressar-me para melhor garantir o recebimento da mensagem.


Comunicação passou a ser uma paixão intensa ao lado da minha constante dificuldade e admiração pela engenharia. Aprendi, levei broncas e fui moldando meu conhecimento na área direto ali, no meio da ação.


No entanto, a experiência não aumentou meu tamanho dentro do jornalismo. Obviamente, já me senti diminuído por graduados na área de comunicação, mas respeitei sua posição de autoridade da mesma forma que gostaria que respeitassem a minha quanto engenheiro. Somos diferentes e eu apenas me arrisco nesse mundo tão crucial para a sociedade.


Por isso, relato pela primeira vez essa autorreflexão sobre minha posição: sou um jovem universitário leigo, carente de conhecimento científico e teórico sobre Jornalismo. Tento, todos os dias, me aproximar do trabalho que tanto acompanhei ao longo da vida, compreendendo normas, reproduzindo hábitos, tentando garantir a veracidade do conteúdo e acompanhando o caminhar das minhas palavras pelas pessoas.


Jornalistas são insubstituíveis e lamento quando acabam sendo descritos em duras (e muitas vezes infundadas) criticados. Apesar disso, devo mencionar que a tarefa é nobre, mas nem sempre os capazes de exercê-la adotam totalmente suas importantes responsabilidades. Ainda assim, admiro os que se esforçam, também aqueles que observam meu desenvolvimento com bons olhos.


Se for um deles, aproveite a conquista desse papel e exerça-o com excelência. Dos poucos que acompanho pela internet, admiro a todos e tento arrancar nem que seja uma frase característica para levar na minha memória.


Finalizando

Sou estudante de Engenharia de Computação e nos últimos dois anos trabalho como redator freelancer para o TecMundo, como bem descreve a seção "O Editor". Não tive qualquer experiência anterior ou aprendizado para começar a escrever, apenas o desenvolvimento de blogs pessoais com devaneios eventuais que aprimoraram minha escrita — que está longe de ser impecável (por isso, estou sempre aberto a sugestões) — e um hobby que me ligou ao mundo da tecnologia, culminando no meu curso técnico e escolha de universidade.

Este artigo de opinião é uma das construções que pretendo utilizar para enriquecer meu portfólio, mesmo que diminua minha autoridade na profissão de redator. Reitero que todas as palavras não são precisas quanto a realidade do jornalista, mercado de trabalho e formação acadêmica em comunicação, sendo elas restritas à minha perspectiva.


Espero não ter ofendido ou desorientado leitores e jornalistas que por ventura estejam lendo esse texto.






Commentaires


Post: Blog2_Post
bottom of page